15.12.10

Multa mundana

Radar interlúdico
Captando energias,
Diversas possibilidades;
E o verso que predomina,
Em desacordo com valores,
Efetuando em palavras
Um fato urbano.

Lá fora

Seus lábios tracejados atrás da cortina me deram conforto, sabia que poderia contar contigo mesmo de longe, mesmo distante.
Faço daquilo que sou esticado nas almofadas da vida, admiro cansado seu sorriso escondido, dividido entre um pano balançando e a janela aberta.
Lá fora a lembrança não é hoje caricatura de uma situação passada, é a imagem claramente estampada no presente, atrás da cortina e dentro de mim.

8.1.10

Sinto falta

Digo q sinto sua falta
Espero que um dia deite em meu colo
Liberdade assistida que vivo aqui já não mais presta
Não me interessa se o conselho é de bom grado
Se fosse assim tam confiante me venderia tal conselho ao invés de me da-lo
Nada agrego em suas falas
Meu conselho sobre ti será eternamente desnecessário
A medida de que nada sei e nada sou
Não sou Doutor, não médico, nem estagiário
Sou a base do concreto suburbano que chamam de drogado
O lixo que fede entre o luxo
O desagradável revoltante que lança ovos no seu carro
O tripulante dessa merda vivida
Quem comporta angustias e afunda na fadiga
Desiste de tudo e pede mais uma
Fala se quiser e sempre duvida
Duvida da vida e do rumo que já não mais quero
Fui sincero hoje não confie mais em mim
Sou sujeito homem sim, cascudo e sem os amores que restavam
Poucos e sinceros júbilos de alegria que ainda restam estam abaixo
Fortaleço o elo com a bendita esperança que também está abaixo
Essa vida é um esculacho
Nossas vidas são a ultima migalha do que sobrou do pão escravo
Meu país vive a pampa porém minha família ainda divide gastos desnecessários.
Sobre tal manifesto dito minha poesia que se derrama em alho acebolado
Dentre a cultura breaca e o feijão fedido e estragado
Underground e repetitivo modo alternativo da casa do caralho
Brasil brasileiro, digo por mim e por ti, estou muito cançado.